oração ao bicho-boia

ó, bicho-boia guardião das águas poças que teu rabo balançante suavize as muriçocas até a inundação

ó, princeso das fronteiras que voa, nada e penteia à minha matéria choca peço-te que conceda grasnos de direção

dá-me patas nadadeiras dá-me óleo besuntante para os dias de peleja para as quedas de elefante

trago-te ofertas: pão serenado pela lua quirela de boa tritura que dura, em tua moela o tempo da migração

mas se o ninho te conjura perdoa meu zum de abelha e que o vento em tuas penas proteja meu par de orelhas até a inundação