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from Externar pra enxergar

às vezes é só o básico. uma mãe que te ama e te apoia. um irmão que escuta e se importa. um pai saudável. um pai que cumpra suas responsabilidades. um ex que é só um ex. um amigo pra desabafar. um trabalho que te sustenta e não sufoca.

pena que o básico nunca é básico.

 
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from Externar pra enxergar

desabafo.

ruim demais sentir que você não tem ninguém pra conversar de verdade, sabe? falar das suas mais profundas vontades, maiores medos e mais secretas inseguranças. refletir sobre o que te cabe ou o que não cabe, ou só papear sobre o dia a dia, sem expectativas ou cobranças. se sentir tão próximo e conectado a alguém ao ponto de não existir nenhum tipo de esforço. amizade, sabe? de verdade. há tanto tanto tempo eu não sei o que é isso. há tanto tempo eu me sinto distante e diferente de todos, há tanto tempo absolutamente ninguém chegou perto o suficiente. me pergunto se estou presa em alguma realidade paralela, se é sobre abuso e traumas, se é sobre maternidade, se é algum transtorno. eu não faço a menor ideia e não consigo chegar perto de descobrir. o tempo passa e eu me sinto cada vez mais desconexa, descubro algo sobre mim que me afasta ainda mais. então percebo que parece que sempre vivi assim. no meio do caminho, nem lá nem cá. nem tão preta, nem tão branca, nem tão indígena, nem tão artista, nem tão pobre, nem tão rica, nem tão bonita. o tanto faz. o tanto faz que não prende, não fica, não é. apenas existe. ou nem isso.

 
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from Externar pra enxergar

tem coisas que digo e faço que não fazem sentido o tempo todo logo eu, que busco sentido em tudo que me existe a maior dificuldade é colocar no lugar anotar, circular, remover, priorizar os pensamentos, as escolhas, os caminhos onde tudo é sempre uma enorme confusão eu só queria compartimentos que soubessem o seu próprio lugar como eu, às vezes, sei, sinto instinto como arte a vida podia ser somente isso arte

preciso trabalhar minha espiritualidade há quanto tempo escuto esse grito aqui dentro?

 
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from Externar pra enxergar

me consome novamente esse sentimento incessante que por mais que vá, por mais que suma, sempre retorna uma solidão incansável misturada com abstinência de algo que eu nem sei se me é bom ou ruim busco busco busco tento tento tento, mas sempre acabo no mesmo lugar por mais que tudo mude

então eu peco pela falta do que importa talvez eu esteja me culpando demais me cobrando demais em um mundo que é incapaz de ser perfeito eu procuro o equilíbrio equilíbrio que nunca chega porque se eu estou demais ali, estou pouco aqui e quando estou pouco aqui, acabo não sendo o suficiente ali um ciclo sem fim, sem meio termo

talvez eu só quisesse ser ouvida fora do meio que me adoece e me carrega pelas pernas pela cabeça e em todo lugar, aqui, ali, lá

talvez eu passe muito tempo fugindo sem sair do lugar muito tempo sonhando e nunca acordar às vezes sonho às vezes choro num pesadelo sem fim

 
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from Line ليني

você é lenha fogo carvão vento até graveto mantém meu fogo aceso e desafia as leis da física mesmo com seu corpo molhado em mim não me apaga mais me molha e me queima por dentro

(Mar, 2023)

 
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from Line ليني

Não fui à feira com você.

Pelo contrário, fui à feira com você. Simples momento de acalento, pensando em alimento que nem precisa ser comida. Alimentei-me do cheiro dos temperos, das cores das frutas e do verde das escarolas e chicórias que vi pelas bancadas. Provei uma fruta nova. Diferente. E dela deixei a semente seguir pela minha garganta para que semeie em mim todo seu doce sabor. —

Sinto a mistura de todos os cheiros, cores e sons com seus olhares, falas e toques. A companhia simples, mas que deixa tudo mais gostoso. Como um limão, em um caldo de cana, melhorando o que já era de bom gosto.

(Abr, 2023)

 
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from Line ليني

precisei fugir do nosso mundo pra recriar o meu com miséria de medo e fartura de afeto —

ando dando não pra miséria quero minha dispensa cheia de amor, cuidado e carinho corpo preto forte demais pra ser cuidado escuro demais pra ser amado mulher preta que só serve pra servir ou tapar algum buraco que não fui eu que abri

(Jun, 2022)

 
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from Line ليني

Blackout Quem gosta de ficar no escuro? Há luz pra todo mundo?

Ambientes muito claros me trazem insegurança Tenho fotofobia E quando escureço minha vida Encontro conforto Porque meus olhos não choram

Blackout. Quem gosta de se sentir inseguro? Prefiro estar com os meus No breu A estar sozinha Em um local translúcido.

(Jun, 2020)

 
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from Externar pra enxergar

Eu tenho escrito na minha mente bastante esses dias. Não tenho tido disposição, força ou tempo pra parar, sentar e escrever. O ruim disso é que acumula e confunde. Não tenho encontrado a psicóloga também. Mas é, muita coisa aconteceu. Percebi novamente que conviver com minha mãe é complicado. Além de ser tudo completamente instável. Estou sem celular já tem umas 3 semanas, e isso me fez prestar atenção em muita coisa. Sempre faz, né? Impressionante como a vida faz de tudo pra nos distrair e controlar o tempo todo. Sair de si. Somos levados pelo sentimentos, pensamentos, sensações, energia... O que é que não nos leva, afinal? Somos feitos de que? Como podemos ser tão profundos e leves ao mesmo tempo? O que nos preenche de verdade? Existe algo?

Eu tô com sono.

 
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from Line ليني

gostar de barulho de chuva pra dormir... tá aí um privilégio que nunca tive! quando via as gotas caindo já sentia meu desespero vindo seria mais uma noite acordada atenta aos barulhos da madrugada com cochilos e sustos e pesadelos onde eu morria soterrada via o desespero de mamãe olhando as árvores balançando mandando eu parar de chorar às vezes também aos prantos dizendo que a chuva já ia passar ou cantando pra disfarçar o barulho do barranco que caía atrás de algum cômodo

no fim da chuva torrencial mamãe tentava ser otimista com uma sensação de alívio e alegria dizia “deu pra guardar bastante água graças a Jeová. fazia tempo que não chovia”

 
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from andorinhas objetivas


1º – Tengoku to Jigoku (1963)

cartaz do filme Céu e Inferno

Em português Céu e Inferno. Em inglês High and Low.

Investigação policial com óculos escuros na baixa do morro vivemos em uma sociedade mesmo que incrível as pessoas ondulam no calor suspense uau quem é o cinema na fila do pão.


2º – Yume (1990)

cartaz do filme Sonhos

Em português Sonhos. Em inglês Dreams.

Um casamento assustador um velório festivo soldados passados flores moinhos monstros chifrudos vincent van gogh o fim do mundo e o começo da paz.


3º – Ran (1985)

cartaz do filme Ran

Em português e em inglês continua Ran.

Rei velho confia errado muito cavalo e filho por sorte um bobo sábio cores bonitas e terríveis fogo fantasma espanto cores bonitas vastidão.


4º – Madadayo (1993)

cartaz do filme Madadayo

Em português e em inglês continua Madadayo.

Um professor feito de ouro um copo que encolhe um gato que ensina um aniversário regressivo recitar as estações de trem todo ano é festa e movimento.


5º – Rashomon (1950)

cartaz do filme Rashomon

Em português e em inglês continua Rashomon.

Uma história sobre quatro pessoas que contam quatro histórias que são a mesma história e até o defunto fala.


6º – Hachigatsu no Kyōshikyoku (1991)

cartaz do filme Rapsódia em Agosto

Em português Rapsódia em agosto. Em inglês Rhapsody in august.

A senhora não vai pro Havaí plantar abacaxi a senhora vai contar causo pra assustar a criançada e fazer marmanje chorar o ferro retorcido no parque um olho que nasce nas montanhas de Nagasaki que gringo é esse gente é preciso afinar o piano.


7º – Yojimbo (1961)

cartaz do filme Yojimbo

Em português Yojimbo, o guarda-costas. Em inglês somente Yojimbo.

Prego no caixão que hoje é dia de venda o samurai malandro chegou na cidade mas toma cuidado com o playboy safado que tem um revólver e andou assistindo faroeste na tevê.


8º – Dersu Uzala (1975)

cartaz do filme Dersu Uzala

Em português e em inglês continua Dersu Uzala.

Bruxão nômade da Sibéria cuida de crianças adultas enquanto troca uma ideia com o fogo todas as coisas são pessoas mas nem a União Soviética poderia desfazer a maldição do tigre.


9º – Kagemusha (1980)

cartaz do filme Kagemusha

Em português Kagemusha, a sombra de um samurai. Em inglês Kagemusha, the shadow warrior.

Cores e sombras e cores alguém derramou tinta na tela parece droga menine a mentira é poder um sósia difícil é o ator ficar parado na cadeirinha enquanto assiste a lança tinir.


10º – Ikiru (1952)

cartaz do filme Ikiru

Em português Viver. Em inglês continua Ikiru.

Homem morto por décadas nasce ao saber que morre e decide tentar primeiro o hedonismo depois a inveja e por fim a guerrilha burocrática resultando em bebedeira e parque.


11º – Warui Yatsu Hodo Yoku Nemuru (1960)

cartaz do filme Homem mau dorme bem

Em português Homem mau dorme bem. Em inglês The bad sleep well.

Filha rica casa mal mas casa bem mas casa mal a equipe de jornalistas somos nós tem um recado no bolo revelação a vingança é um prato que se come se der tempo de evitar a tragédia.


12º – Shichinin no Samurai (1954)

cartaz do filme Os sete samurais

Em português Os sete samurais. Em inglês Seven samurai.

Longo demais.

 
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from receitas práticas agora

aqui da varanda o céu é preto vermelho azul e pontilhado ou pelo menos parece preto vermelho azul e pontilhado se você não acredita em cores toda noite o céu é completamente iluminado são os olhos que não capturam a radiação de fundo cósmica

e é só dançar que a vizinhança espirra

tome cuidado com as abelhas invasoras elas bebem o café depois o açúcar depois a umidade relativa o tempo e o espaço e quando você vê a colônia inteira está atrás de um sal de frutas

mas ó se o achado for caixa de chá cheiroso quem tem charme só me chame que eu chamusco viu?

quando conheci o bem-te-vi que só canta -vi parei de cantar com o juízo

todos os gatos são pardos à noite menos os gatos brancos branquíssimos que são brancos não importa a hora do dia no estado do espírito santo

um periquito no telhado é sinal de sorte muita coisa por aqui é sinal de sorte somos sortidos

 
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from fulanopoeta

Um pouco sobre mim

Esta é minha estreia neste blog e já gostei do visual “focado” do editor de textos.

Agora, um pouco sobre mim: gostaria de ser escritor, escrevo no papel, no diário, leio um pouco também, e sou muito, muito sonhador. Gosto de me imaginar em diversos mundos e situações diferentes. Acho que sem o sonho, a vida não vale a pena. Mas é importante saber aproveitar a vida em si também. Ou seja, é preciso saber viver.

Espero escreve bastante aqui, às vezes poesias, às vezes prosas.

 
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from dobrado

(ou porque reiki não deveria estar no SUS)

Atenção: Esse é um texto criado por uma pessoa que só fez a primeira série do fundamental, não sabe nada sobre ciência e academia. Não me leve a sério, me leve para tomar um café.

A primeira vez que ouvi falar sobre Método Cientifico eu estava vendo Mundo de Beakman, na TV Cultura. Na época não foi importante, mas aprendi esse nome. Não me tornei alguém que gostava de ciência, nos próximos anos afundei e ficção tipo Julio Verne e conspirações como “A Terra Oca”. Na adolescência eu me atraí muito pelo ateísmo e ceticismo, comecei a duvidar das coisas e nunca parei. Porém, diferente das pessoas do ateísmo ativista, eu nunca liguei muito pra pseudociências, mitos e religiões. Fui um apateísta por natureza.

Antes de começar preciso explicar o que para mim é Ciência, Método Cientifico e Pseudociências.

  • Ciência são universidades, pesquisa privada ou governamental, industria farmacêuticas.
  • Método Cientifico é a forma que temos de testar uma hipótese para ver se ela é valida ou não.
  • Pseudociência é qualquer fato que não possa ser comprovado pelo método cientifico, citado acima.

Grande parte dos argumentos das pessoas a minha volta são sobre ciência, não sobre o método cientifico. E concordo com a maioria. Hoje boa parte da ciência é feita por um pequeno grupo de pessoas brancas, europeia ou e estadunidenses. A história da ciência é repleta de racismo, eugenia, abusos e colonialismo. Mas isso tudo não invalida o método cientifico, pois ele ainda pode ser exercido por qualquer pessoa no mundo, seja ela uma pessoa cientista ou não.

O problema começa quando pessoas querem fazer equivalência de coisas que não passam pelo método cientifico, junto das que passam. E normalmente o argumento é contra a ciência, seus preconceitos e colonialismo. O que, repito, é válido. Mas esquecem que mesmo nas pseudociências e “medicinas alternativas”, existem vários homens brancos poderosos por trás.

A homeopatia, por exemplo. É uma medicina alternativa, criada na França por volta do ano de 1807, por um homem branco. Essa medicina alternativa é suportada por inúmeras empresas farmacêuticas que fazem lobby para que, cada vez mais, seja incluída nas medicinas tradicionais. Por isso não faz sentido ser contra medicina tradicional, e apoiar homeopatia. Pois seu lobby e fabricantes são os mesmo.

“Mas e as medicinas indígenas? E as asiáticas? Você acha que nada disso tem valor?”

Não necessariamente. Para responder isso, preciso explicar algumas coisas antes.

No Brasil, a saúde é um direito do cidadão. Por isso temos o SUS onde podemos ter tratamento, remédios e assistência médica “gratuitamente”. (aspas, pois afinal, pagamos impostos) O Brasil é um país (em teoria), laico. Laicismo é um princípio político que rejeita a influência de igreja na esfera pública do estado. Por esses motivos, e não somente, coloca pseudociências e fatos científicos na mesma equivalência pode ser perigoso.

Afinal, devemos usar o tratamento com picadas de abelha da mesma forma que usamos antibióticos? Mesmo que usemos apenas como “terapias complementares”, devemos usar Constelação familiar (prática sexista, abusiva, criada por nazistas) da mesma forma que usamos meditação?

Por isso, chego finalmente ao ponto que eu gostaria: por que equivaler essas práticas que não passam no método cientifico com as que passam? Elas não deveriam ser consideradas equivalente às religiões? Assim damos a liberdade para quem quiser usufruir as práticas, o faça sem que o estado seja obrigado financiar elas para todas as pessoas.

Hoje a pseudociência incluí desde medicinas alternativas nazistas, passando por colocar ozônio nos anus e até chegar em horóscopo. Vocês, que apoiam pseudociências, apoiam e acreditam nelas todas? Sinceramente, espero que não. Volto a dizer que a ciência hoje é baseada em vários casos de abuso, racismo, escravidão, etc., mas o método cientifico ainda é a melhor opção que temos hoje. Usamos o método cientifico para testar hipóteses e deixamos de lado as que não conseguimos testar.

Se achar melhor por ser adepto ao método cientifico ou ao cristianismo, não te faz melhor ou pior, pois são coisas diferentes. Assim como antibióticos e homeopatia também são. E invalidar o método cientifico por erros de pessoas brancas e colonialistas, não faz sentido. Afinal, qualquer pessoa pode testar qualquer pseudociência e verificar se ela funciona ou não.

Enquanto negamos método cientifico, estamos a mercê da Constelação Familiar que culpa a vítimas de abuso e coisas menores, como de depender de horóscopo para conseguir emprego. E todas as pessoas que apoiam que pseudociências tenham a mesma equivalência da ciência, apoia isso.

“Mas eu não apoio constelação familia e não reconheço como ciência”

Que bom, mas não pode ser hipócrita em não reconhecer a Constelação Familiar e reconhecer Reiki como ciência.

No fim, só queria dizer que vocês não precisam só acreditar na ciência, na verdade, nem deveriam acreditar tanto nela. Testem, busquem conhecimento, questione. Mas não misturem coisas que são diferentes. Pois fica parecendo a galera da “umbanda vegana”.

 
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from dobrado

(Aos que não sabem eu sou o Dobrado, admin e criador da bantu.social.)

A bantu.social existe há mais de dois anos. Ela foi criada com “a intenção de ser um espaço acolhedor e menos tóxico, tentamos ser uma instância que abriga pessoas de todas as nacionalidades, etnias, formatos de corpos, gêneros, de identidades e orientações sexuais diversas, feministas, neuro divergente, independente de religião, raça e orientação política”. Assim é descrito em nossa instância. Esse texto é relativamente novo, sendo construído com o apoio de várias pessoas.

Quando criamos bantu.social o fediverso não era “tudo mato”, como dizem por aí. Encontramos ruas asfaltadas e as pessoas já estavam trocando as luzes para led. Brincadeiras à parte, fomos muito bem recebides por instâncias maiores e eu mantive contato próximo com pessoas da administração da masto.donte.com.br, mastodon.com.br e ursal.zone.

Relatos de problemas entre bantu e ursal.zone

Tudo abaixo representa o meu ponto de vista da situação.

O primeiro atrito sobre Aviso de Conteúdo aconteceu em 5 de Maio de 2022, quando @andrecf@bantu.social fez um toot pedindo para que as pessoas que estavam entrando na ursal naquele momento repensassem sobre o uso de Aviso de Conteúdo para política em linhas públicas ou para seguidores que não eram da mesma instância, já que as regras das instâncias eram diferentes e o uso do Aviso de Conteúdo era importante para muitas pessoas. Me lembro que a @Ursalzona@ursal.zone (admin) fez um toot dizendo que era para colocar Aviso de Conteúdo sobre política. Porém, no mesmo dia a conta @arles@ursal.zone se opôs a isso e citou censura. Nesse momento a admin da ursal apagou os toots e fez outro, dizendo que Aviso de Conteúdo para política era censura e inclusive marcou várias contas da instância ursal.zone e o @andrecf, dando a entender que era uma exigência ou tentativa de interferir nas regras da instância. Os toots da ursal.zone foram apagados, mas ainda restam as respostas do @andrecf@bantu.social. Nesse caso ficou evidente o uso de poder da administradora (uma mulher branca) de uma instância maior chamando outras pessoas para intimidar a opinião de um homem preto.

Isso inclusive gerou reflexão dentro da própria instância da ursal.zone, com pessoas discutindo o uso de Aviso de Conteúdo e como isso afetaria a ursal.zone perante o fediverso: https://ursal.zone/@AnitaEscAltF4/108251073117108539. Ou seja, nem todas as pessoas da ursal.zone são contra o uso de Aviso de Conteúdo, ao contrário do que diz a admin da instância.

Houve também o caso em que eu (@dobrado@bantu.social) fui acusado de “roubar” um emoji de uma versão cartoon do Luís Inácio Lula da Silva, logo após a confusão com o @andrecf@bantu.social. A admin já havia “permitido” usar emojis da ursal.zone outras vezes, porém em uma thread onde nós dois estávamos marcados ela respondeu: “@dobrado num fala mais comigo”. Eu respondi que não estava ignorando ela. Essa conversa passou por:

  1. Ela dizendo que eu a ataquei quando citei como pessoas brancas muitas vezes atacam as outras, pois citei uma discussão nossa em que ela tentou explicar que ela não é branca por ser latina.
  2. Disse “e a ironia é ver o emoji do Lula na Bantu”. No mesmo toot disse que era tudo bem eu pegar, mas achou errado eu não pedir. Sugeriu que eu a via como uma “criatura horrenda que tanto mal fez”, coisa que eu nunca disse. Após eu dizer que ia retirar o emoji da bantu, ela continuou dizendo o quão errado foi eu pegar sem pedir.
  3. Ela começou a dizer que a vida dela era difícil e que não precisava que eu fechasse portas para ela, argumentando que eu a proibi de me seguir. Porém, expliquei que as portas não estavam fechadas: eu apenas deixei de segui-la, a retirei dos meus seguidores e fechei minha conta para me preservar de ataques e toots sem aviso de conteúdo, deixando outros canais abertos.
  4. A conversa terminou com eu pedindo desculpas por algo que eu nem fiz de errado.

Mais recentemente ela enviou uma mensagem direta para mim, uma pessoa que administra outra instância e uma pessoa que modera outra. Nessa DM ela:

  1. Afirmou que as pessoas da ursal estavam sofrendo “bullying” pra usar Aviso de Conteúdo em assuntos de política.
  2. Argumentou que já nos ajudou, que fez propaganda para nós e que nos elogiou. Como se nos cobrasse pelo seu comportamento gentil.
  3. Quis a suspensão da conta de uma pessoa que falou que ia bloquear quem não usasse Aviso de Conteúdo para política. Chamou a pessoa dessa conta de “canalha”, disse que bloqueou a conta. E pediu para que essa conta fosse apagada.
  4. Disse que uma pessoa que modera a bantu.social mentiu ao dizer que ela, a admin da ursal, atua para não ser usado Aviso de Conteúdo em política. Sendo que ela mesma sustentou não usar Aviso de Conteúdo, na thread sobre a conta do ponto anterior, e apagou posteriormente. E também postou sobre isso em outra thread.
  5. Terminou dizendo que qualquer toot falando mal da ursal, incitando usuário ou fazendo provocações ia ser denunciado como discurso de ódio.

Isso resume bem os problemas com a instância e como isso atinge as pessoas que tem conta aqui. Quando a Ursalzona fala “nunca tive denúncias de racismo”, talvez seja porque ela esta intimidando as pessoas e ninguém veja sentido em denunciar a administradora da instância.

Após o bloqueio da mastodon.art vimos como foi desastrosa a forma como ela lidou com a situação, inclusive usando choro como estratégia para silenciar pessoas marginalizadas. E como, novamente, ela usou de seu poder como administradora de uma instância grande para incentivar pessoas a atacar a mastodon.art. E ainda fez declarações consideradas transfóbicas, como mostra o relato da administração da mastodon.art.

Em nenhum momento a Ursalzona se dispôs a reconhecer ou escutar as acusações de racismo e preferiu desacreditar as pessoas que tentaram mostrar os problemas de suas atitudes. Por isso, eu creio que essa não seja uma instância com a qual queremos interagir, nem que nos faça bem como coletivo. Sei que muitas pessoas daqui seguem pessoas de lá, mas enquanto a administradora não se portar de forma razoável e menos bélica, não acho que seja viável manter uma ligação com a instância.

Sobre o bloqueio

O bloqueio não será definitivo. Estamos abertos a conversar e, se houverem mudanças, retirar o bloqueio. Para quaisquer dúvidas e respostas sobre o assunto, meu email é dobrado@duck.com

 
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